quinta-feira, 26 de abril de 2012

Antigo Museu do Índio Pedindo Socorro


Pelo visto, mais um caso de descaso com um patrimonio e mais um prédio histórico indo 'pras cucuias'. Conheço o predio,uma pena...



"O prédio do antigo Museu do Índio está correndo risco de desaparecer ...deveria ser considerado como Patrimônio Imaterial, pois atualmente residem  tribos de diferentes etnias como pataxós, calapós, potiguaras e guaranis, e Patrimonio Material, prédio histórico erguido por escravos e índios.
Esta edificação está com o futuro indefinido e precisa ser protegido por algum instrumento de Preservação, e  garantida sua restauração e revitalização como Centro de Memória da Cultura Indígena."


















Fonte n blog:http://preserveopatrimonio.blogspot.com.br

Fechando a semana do Dia do Indio : 5 Boas Ideias para ler e descobrir...


A exactos sete dias atras, no dia 19, comemorou-se o dia do indio. 
 Nos meus tempos de estudante, era uma festa na escola com direito a cocar, leituras e ainda redação e trabalhos de pesquisa para a casa baseados no tema. Lembro-me nesses trabalhos de casa, procurar fatos historicos, noticias para ler em sala, fazer mural e etc... Praticamente o mesmo nas escolas dos meus primos, era mais um incentivo a pesquisa e a leitura . Nao sei se eh impressão, mas nao vejo mais essa atitude toda... na escola da minha filha, ateh hoje, vi passar quase que um dia normal, mas claro, salvo algo aqui, um comentário ali ou um mural com imagens, para nao passar em branco. Minto, lembrei que a escola contratou alguns 'indios' que armaram barraca e venderam pulseiras para as crianças aos olhos da cara, quase morri quando a minha  filha chegou com uma em casa, me dizendo que custou o que eu tinha dado para o lanche e mais o troco naquele dia...rss
Bom, mudando de assunto, mas nem tanto, adorei essas ideias para leitura, entao,vamos lah:

Com as cores do amanhecer tingindo a cena de dourado, os seis ou sete homens  que estavam na praia juntaram seus arcos e flechas e se prepararam para um encontro com os desconhecidos. De onde viriam os recém-chegados? De alguma ilha ou de alguma terra além-mar? Vinham provavelmente da Terra Sem Males, julgaram os mais experientes: o lugar onde todos eram felizes e ninguém morria, e que ficava para lá da imensidão das águas salgadas (Brasil: Terra à Vista! , de Eduardo Bueno)



Nesse mesmo instante, dois segundos talvez depois que a última flecha caíra no aposento, a folhagem do óleo que ficava fronteiro à janela de Cecília agitou-se e um vulto embalançando-se sobre o abismo, suspenso por um frágil galho de árvore, veio cair sobre o peitoril. Aí agarrando-se à ombreira saltou dentro do aposento com uma agilidade extraordinária; a luz dando em cheio sobre ele desenhou o seu corpo flexível e as suas formas esbeltas. Era Peri.(O Guarani, de José de Alencar)


 Toda essa gente é guerreira e possui tanta astúcia para proteger-se de seus inimigos como se fossem criados na Itália e em contínua guerra. Quando estão em guerra costumam assentar suas casas nas encostas dos morros, fazendo cavernas nestes, que é onde costumam dormir. As mulheres e as crianças são levadas par as partes mais altas, através de estreitas trilhas que abrem. Os homens andam com o corpo totalmente pintado, como forma de camuflagem. (Naufrágios & Comentários, de Álvaro Núñes Cabeza de Vaca)


Certa vez, os índios vinham ao nosso encontro para nos receber, à distância de dez léguas de uma grande vila, com víveres e viandas delicadas e toda espécie de outras demonstrações de carinho. E tendo chegado ao lugar, deram-nos grande quantidade de peixe, de pão e de outras viandas, assim como tudo quanto puderam dar. Mas es incontinenti que o Diabo se apoderara dos espanhóis e que passam a fio de espada, na minha presença e sem causa alguma… (O paraíso destruído, de Frei Bartolomé de Las Casas)

Devíamos tomar cuidados especiais com os Tupinambás duas vezes por ano, quando entravam com violência nas terras dos Tupiniquins. Uma dessas épocas é novembro, quando o milho, que eles chamam de abati, fica maduro, e com o qual preparam uma bebida que chamam de cauim. Para tanto também usam raízes de mandioca, de que empregam um pouco na mistura. (Duas viagens ao Brasil, de Hans Staden)








Fonte:http://www.lpm-blog.com.br/

Histórias de Monteiro Lobato durante todo o mês de maio no Sesc de SP...



Comemorando os 130 anos de Monteiro Lobato (18 /04/ 1882 ----  04 /07/ 1948)

Conforme no ' Folha.com' hoje, "O Sesc Santana  apresenta histórias de Monteiro Lobato durante todo o mês de maio. Cada sábado, uma aventura diferente." Fique por dentro da agenda



















































Vale divulgar ;)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

sábado, 14 de abril de 2012

'O Sabiá e o Gavião' - Patativa do Assaré





"Eu nunca falei à toa.
Sou um cabôco rocêro,
Que sempre das coisa boa
Eu tive um certo tempero.
Não falo mal de ninguém,
Mas vejo que o mundo tem
Gente que não sabe amá,
Não sabe fazê carinho,
Não qué bem a passarinho,
Não gosta dos animá.

Já eu sou bem deferente.
A coisa mió que eu acho
É num dia munto quente
Eu i me sentá debaxo
De um copado juazêro,
Prá escutá prazentêro
Os passarinho cantá,
Pois aquela poesia
Tem a mesma melodia
Dos anjo celestiá.

Não há frauta nem piston
Das banda rica e granfina
Pra sê sonoroso e bom
Como o galo de campina,
Quando começa a cantá
Com sua voz naturá,
Onde a inocença se incerra,
Cantando na mesma hora
Que aparece a linda orora
Bejando o rosto da terra.

O sofreu e a patativa
Com o canaro e o campina
Tem canto que me cativa,
Tem musga que me domina,
E inda mais o sabiá,
Que tem premêro lugá,
É o chefe dos serestêro,
Passo nenhum lhe condena,
Ele é dos musgo da pena
O maiô do mundo intêro.

Eu escuto aquilo tudo,
Com grande amô, com carinho,
Mas, às vez, fico sisudo,
Pruquê cronta os passarinho
Tern o gavião maldito,
Que, além de munto esquisito,
Como iguá eu nunca vi,
Esse monstro miserave
É o assarsino das ave
Que canta pra gente uví.

Muntas vez, jogando o bote,
Mais pió de que a serpente,
Leva dos ninho os fiote
Tão lindo e tão inocente.
Eu comparo o gavião
Com esses farão cristão
Do instinto crué e feio,
Que sem ligá gente pobre
Quê fazê papé de nobre
Chupando o suó alêio.

As Escritura não diz,
Mas diz o coração meu:
Deus, o maió dos juiz,
No dia que resorveu
A fazê o sabiá
Do mió materiá
Que havia inriba do chão,
O Diabo, munto inxerido,
Lá num cantinho, escondido,
Também fez o gavião.

De todos que se conhece
Aquele é o passo mais ruim
É tanto que, se eu pudesse,
Já tinha lhe dado fim.
Aquele bicho devia
Vivê preso, noite e dia,
No mais escuro xadrez.
Já que tô de mão na massa,
Vou contá a grande arruaça
Que um gavião já me fez.

Quando eu era pequenino,
Saí um dia a vagá
Pelos mato sem destino,
Cheio de vida a iscutá
A mais subrime beleza
Das musga da natureza
E bem no pé de um serrote
Achei num pé de juá
Um ninho de sabiá
Com dois mimoso fiote.

Eu senti grande alegria,
Vendo os fíote bonito.
Pra mim eles parecia
Dois anjinho do Infinito.
Eu falo sero, não minto.
Achando que aqueles pinto
Era santo, era divino,
Fiz do juazêro igreja
E bejei, como quem bêja
Dois Santo Antõi pequenino.

Eu fiquei tão prazentêro
Que me esqueci de armoçá,
Passei quage o dia intêro
Naquele pé de juá.
Pois quem ama os passarinho,
No dia que incronta um ninho,
Somente nele magina.
Tão grande a demora foi,
Que mamãe (Deus lhe perdoi)
Foi comigo à disciprina.

Meia légua, mais ou meno,
Se medisse, eu sei que dava,
Dali, daquele terreno
Pra paioça onde eu morava.
Porém, eu não tinha medo,
Ia lá sempre em segredo,
Sempre. iscondido, sozinho,
Temendo que argúm minino,
Desses perverso e malino
Mexesse nos passarinho.

Eu mesmo não sei dizê
O quanto eu tava contente
Não me cansava de vê
Aqueles dois inocente.
Quanto mais dia passava,
Mais bonito eles ficava,
Mais maió e mais sabido,
Pois não tava mais pelado,
Os seus corpinho rosado
Já tava tudo vestido.

Mas, tudo na vida passa.
Amanheceu certo dia
O mundo todo sem graça,
Sem graça e sem poesia.
Quarqué pessoa que visse
E um momento refritisse
Nessa sombra de tristeza,
Dava pra ficá pensando
Que arguém tava malinando
Nas coisa da Natureza.

Na copa dos arvoredo,
Passarinho não cantava.
Naquele dia, bem cedo,
Somente a coã mandava
Sua cantiga medonha.
A menhã tava tristonha
Como casa de viúva,
Sem prazê, sem alegria
E de quando em vez, caía
Um sereninho de chuva.

Eu oiava pensativo
Para o lado do Nascente
E não sei por quá motivo
O só nasceu diferente,
Parece que arrependido,
Detrás das nuve, escondido.
E como o cabra zanôio,
Botava bem treiçoêro,
Por detrás dos nevoêro,
Só um pedaço do ôio.

Uns nevoêro cinzento
Ia no espaço correndo.
Tudo naquele momento
Eu oiava e tava vendo,
Sem alegria e sem jeito,
Mas, porém, eu sastifeito,
Sem com nada me importá,
Saí correndo, aos pinote,
E fui repará os fiote
No ninho do sabiá.

Cheguei com munto carinho,
Mas, meu Deus! que grande agôro!
Os dois véio passarinho
Cantava num som de choro.
Uvindo aquele grogeio,
Logo no meu corpo veio
Certo chamego de frio
E subindo bem ligêro
Pr’as gaia do juazêro,
Achei o ninho vazio.

Quage que eu dava um desmaio,
Naquele pé de juá
E lá da ponta de um gaio,
Os dois véio sabiá
Mostrava no triste canto
Uma mistura de pranto,
Num tom penoso e funéro,
Parecendo mãe e pai,
Na hora que o fio vai
Se interrá no cimitéro.

Assistindo àquela cena,
Eu juro pelo Evangéio
Como solucei com pena
Dos dois passarinho véio
E ajudando aquelas ave,
Nesse ato desagradave,
Chorei fora do comum:
Tão grande desgosto tive,
Que o meu coração sensive
Omentou seus baticum.

Os dois passarinho amado
Tivero sorte infeliz,
Pois o gavião marvado
Chegou lá, fez o que quis.
Os dois fiote tragou,
O ninho desmantelou
E lá pras banda do céu,
Depois de devorá tudo,
Sortava o seu grito agudo
Aquele assassino incréu.

E eu com o maiô respeito
E com a suspiração perra,
As mão posta sobre o peito
E os dois juêio na terra,
Com uma dó que consome,
Pedi logo em santo nome
Do nosso Deus Verdadêro,
Que tudo ajuda e castiga:
Espingarda te preciga,
Gavião arruacêro!

Sei que o povo da cidade
Uma idéia inda não fez
Do amô e da caridade
De um coração camponês.
Eu sinto um desgosto imenso
Todo momento que penso
No que fez o gavião.
E em tudo o que mais me espanta
É que era Semana Santa!
Sexta-fêra da Paixão!

Com triste rescordação
Fico pra morrê de pena,
Pensando na ingratidão
Naquela menhã serena
Daquele dia azalado,
Quando eu saí animado
E andei bem meia légua
Pra bejá meus passarinho
E incrontei vazio o ninho!
Gavião fí duma égua!"

Fonte (foto): Internet

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Linda animação


Lindo curta do estudante californiano Ian Worrel,com música de James Mark.  A delicia dessa arte, chamada 'Second Wind' sobre uma fada da atmosfera, eh parecer nao ter muita logica, mas tem.A ideia que me foi passada, da importancia de alguem ou algo nos dar um sopro de vida, foi o maximo  ;)
Conforme o proprio autor explica, a animação foi colorida no Photoshop, e composta em After Effects. Ficou muito bacana! 

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Cascabulho





Outro dia descobri essa banda pernambucana,  estilo Manguebeat no MySpace e fiquei apaixonada. Vi que existem desde 1995, mas como isso? soh descobri agora... e quantos mais gostariam de conhecer ? Entao, resolvi que valem ser  divulgados aqui também ;D
  
Cascabulho no MySpace 

Para ouvir e saber mais


Discografia:


É CACO DE VIDRO PURO